No passado dia 2 de Agosto recebemos com muito agrado o ATL de Pias na Biblioteca Municipal, o conto foi "Burros", os meninos gostaram muito e todos quiseram fazer e levar um miminho para casa! Até os adultos...
Já faltava pouco para o bebé nascer. Isabel ajudava a mãe a guardar tudo nas gavetas do armário:botas, casacos, toucas, lençóis. - O bebé vai ser pequenino? - perguntou Isabel. - Muito pequenino- respondeu a mãe. - Mais pequenino que o meu bebé-chorão? A mãe sorriu: - Quase tão pequeno como ele! Vai ser pequeno, muito pequeno, pequeníssimo! (...)
-Ovelhinha dá-me lã. -Para que queres a minha lã? - Para fazer um casaquinho e ficar bem aconchegado. se tapar bem a barriga já não fico constipado. (...)
O Ruben só pensa em gastar dinheiro e em comprar, comprar, comprar. Nunca está satisfeito com o que tem e quer sempre mais. No dia do seu aniversário, os pais, preocupados com a atitude consumista do filho, dão-lhe um presente muito especial. O Ruben, ao receber o presente fica muito desapontado e desconfiado, mas lá o aceita. Dois meses depois, é um rapaz completamente diferente.
O que terá acontecido?
Só vais perceber depois de leres esta história cheia de humor.
Escrevi este livro porque acredito que algumas pessoas se reconhecerão nele -- quer sofram, quer
não, de distúrbios alimentares. Escrevi-o porque discordo de muito do que geralmente se pensa
sobre este problema. Escrevi-o porque muitas pessoas continuam a considerá-lo uma
manifestação de vaidade, imaturidade e instabilidade mental. De certo modo, está relacionado
com tudo isso. Mas trata-se também de uma dependência. É uma reacção -- por muito tortuosa
que seja -- a uma cultura, a uma família, a uma identidade pessoal. Faria qualquer coisa para
impedir as pessoas de passarem pela mesma experiência que eu. A única coisa que me ocorreu
foi escrever este livro.
Marya Hornbacher
O que terá levado uma jovem talentosa a passar para «o outro lado do espelho», para um mundo
às avessas onde a comida é ganância, a morte é honra e a carne é fraca? Por que terá iniciado
um romance com a fome, as drogas, o sexo e a morte? Marya Hornbacher manteve-se anoréctica
e bulímica apesar de cinco prolongadas hospitalizações e infindáveis terapias, apesar da perda da
família, dos amigos, dos empregos e, por fim, de qualquer noção do que significa ser-se «normal».
Nesta vigorosa e lancinante autobiografia, Marya recria a sua experiência e lança nova luz sobre o
emaranhado de causas pessoais, familiares e culturais subjacentes aos chamados «distúrbios
alimentares».
“… tínhamos duas boas casas, com tudo do melhor. Viajávamos imenso, os miúdos estavam em boas escolas. Oferecia-me muitas jóias, escolheu-me um óptimo carro. Até um barco ele chegou a comprar….
O meu homem dava-me tudo. Mesmo tudo…. Mas sobretudo dava-me porrada.
Eu lá ia disfarçando as marcas negras com maquilhagem mas as feridas da alma, essas, não se cobrem com pós. O meu tormento durou 29 anos. Tive dois filhos com aquele homem- dois filhos que ele nunca respeitou. Aliás, na segunda gravidez ele deu-me imensas tareias e atirava-me frequentemente ao chão. Quando olho para trás pergunto como é que fui capaz de aguentar aquilo… eu não queria dar o braço a torcer, não queria voltar para casa dos meus pais e assumir o falhanço do meu casamento. E, afinal, quem iria acreditar que ele era assim ? Fora de casa era amoroso, simpático, dava-se com toda a gente… o mais certo era pensarem que eu andava a fazer alguma para o tirar do sério… Mas um dia decidi que já chegava; saí de casa para levar os miúdos à escola e já não voltei. Saí do meu palácio –prisão e fui dormir para um quartinho alugado em Odivelas. Comecei a tratar do divórcio e foi aí que ele me procurou e ameaçou com uma pistola. Não sei onde fui buscar a coragem mas olhei-o nos olhos e disse-lhe que ele já me tinha feito tanto mal que não era uma pistola que me metia medo. Disse-lhe que sempre o considerara um cobarde por tudo o que ele me tinha feito ao longo dos anos. Podia ter morrido ali; mas acho que o meu olhar , a minha voz e a minha atitude afirmavam a minha convicção: eu estava decidida a mudar. ”
Maria, 51 anos, Lisboa
Stonewood Heights é o sítio perfeito para criar os filhos. Tem boas escolas, uma comunidade unida e um mercado imobiliário forte. Os pais envolvem-se nas vidas dos filhos e todas as oportunidades de enriquecimento pessoal são exploradas. Ruth Ramsay é a professora de Educação Sexual na escola secundária local. Acredita firmemente que «o prazer é bom, a vergonha é má e o conhecimento é poder.» Tim Mason, o treinador de futebol da filha mais nova, é um ex-toxicodependente que, depois de um divórcio difícil, trocou a cocaína por Jesus. Tim tornou-se membro do Tabernáculo, uma igreja cristã evangélica que não aprova o estilo de ensino de Ruth e, através de uma subtil rede de influências, tenta substituir o ensino da Educação Sexual pelo ensino da… abstinência! Ruth considera o Tabernáculo uma instituição repressiva e conservadora, e tenta travar os seus esforços. Como adversários numa guerra de culturas, Ruth e Tim desconfiam instintivamente um do outro. Mas quando uma controvérsia no campo de futebol os obriga a falarem um com o outro, começam a ver-se com outros olhos.
«Estás a ver, se não te esforçares na escola, vais acabar como esta senhora.»
É o que muita gente frequentemente dirá.
E no entanto…
Ela chama-se Anna, tem vinte e oito anos, uma licenciatura em literatura e trabalha há oito anos atrás de uma caixa de supermercado. Uma caixa que só percebe a linguagem dos códigos de barras. Um trabalho pouco propício à comunicação, invisível, feito de gestos automáticos…
Mas Anna prestou atenção ao que foi vendo. Passaram clientes fáceis ou mais difíceis, ricos ou pobres, responsáveis ou consumistas. Ignoraram-na ou cumprimentaram-na. Tentaram seduzi-la, insultaram-na, desprezaram-na.
Os leitores pensam que nunca acontece nada na vida de uma operadora de caixa?
Enganam-se. Podem ter-se esquecido de olhar para a Anna, mas ela olhou bem para vocês e agora conta tudo.
A Ilha Debaixo do Mar, de Isabel Allende, é um romance que narra a história de Zarité, uma escrava na Saint-Domingue dos finais do século XVIII. Zarité foi vendida aos 9 anos de idade ao rico fazendeiro Toulouse Valmorain; entretanto teve boa estrela pois não conheceu o trabalho duro das plantações, tornou-se uma escrava doméstica; partilhando assim do dia-a-dia da familia do rico fazendeiro.
Muitas personagens fascinantes estão envolvidas neste romance, como a frágil esposa espanhola do fazendeiro Toulouse Valmorain, e o seu sensível filho Maurice. Zarité com sua bondade natural, força de espírito e noção de honra permitiram-lhe partilhar os segredos e a espiritualidade que ajudavam os seus, os escravos, a sobreviver, e a conhecer as misérias dos amos, os brancos. Quando foi levada pelo seu amo para Nova Orleães, Zarité iniciou uma nova etapa onde alcançaria a sua maior aspiração: a liberdade.